O que seria de mim, se não eu?
O que me resta, se não ser, mesmo eu?
Mas a verdade é que cansei.
Cansei de ser quem era, mas também do que seria.
O presente não sustenta, mas basta.
Basta “pros” outros.
Esse tempo do agora, nunca me convenceu.
Meus olhos sempre estiveram lá onde eram para estar, e hoje sofro as dores da linguagem, e todas as outras.
Meu sorriso não é mais feliz contigo, e meu melhor amigo não é o meu amor.
Sinto que carrego você, sua família e crias. Mas não sinto que me carrego.
Sinto que me arrasto pelo tempo perdido. Aquele mesmo que achava que tinha.
Pois é... não tinha e se foi.
Levou com ele o controle remoto da vida.
Ou foi a vida que o levou?
Não sei. Não quero saber... e tenho raiva de quem sabe.
Victor Bonora
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