domingo, 18 de março de 2012

Viagem

Posso falar de uma viagem louca.
Dizer que teve sol todos os dias ou que as praias são lindas e limpas.
Mas seria pouco, por tudo que aconteceu.
O certo seria dizer que vi gente, e com elas convivi.
Cada qual com sua história, que com elas me comoveu.
Com vida triste, que também me entristeceu.
Povo de sorriso grande, que trouxe alegrias eternas.
E na volta de tudo, a gente trás a vida de volta...
ou a vida é que volta pra gente!

(Escrito sobre viagem no carnaval de 2012 a Florianopolis/Santa Catarina )

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

COMO EU

O futuro é todo incerto.
O emprego, a família e a rotina. Cada qual com seu tempo só, bate em minha cara, como onda havaiana que ainda derruba muita gente.
Afinal o que procura um cara como eu?
Nunca me vi em carro e casa nenhuma.
Vejo-me no sorriso e no abraço.
Se fosse samba, nem eu cantaria. Se fosse funk, nunca dançaria.
Procura a vida só, a vida a dois e a três.
A gente chega e se pergunta se era mesmo o que pensou.
Mas o que é que pensa um cara como eu?
Dê-me uma bússola de conversa.
Dê-me um mapa de corações humanos.
Sempre soube que o outro vale mais.
O que um cara como eu sabe do outro?
Sei que vale a pena viver bem, em harmonia.
Sei que amigo mesmo se conta numa mão só, e que ainda sobram dedos.
Sei que esposa e filhos são sagrados.
Mas o que sei de esposa e filhos?
Nada sei, mas sinto.

Victor Bonora